Conheça mais sobre 0s fatores riscos para você se prevenir
O câncer de ovário é considerado o câncer ginecológico mais difícil de ser diagnosticado, devido a que a maioria dos tumores malignos de ovário só se manifesta em estágio avançado. É o câncer ginecológico mais letal, embora seja menos freqüente que o câncer de colo do útero.
O câncer de ovário pode ocorrer em qualquer faixa etária, mas acomete principalmente as mulheres acima de 40 anos, são tumores de crescimento lento com sintomas que levam algum tempo para se manifestarem. O quadro clínico não é muito específico e pode se manifestar com dor abdominal difusa, isto é, que se espalha por várias direções, constipação, aumento de volume do abdome e desconforto digestivo ou dispepsia.
Existem três tipos principais de tumores de ovário:
·
Tumores Epiteliais
- Começam a partir das células que cobrem a superfície externa do ovário. A
maioria dos tumores ovarianos são de células epiteliais.
·
Tumores de Células Germinativas
- Começam a partir das células que produzem os óvulos.
·
Tumores Estromais
- Começam a partir de células que formam o ovário e que produzem os hormônios
femininos; estrogênio e progesterona.
A maioria destes tumores é benigna e não se dissemina para além do ovário. Os tumores benignos podem ser tratados mediante a remoção de um dos ovários ou a parte do ovário que contém o tumor.
A causa da maioria dos casos de câncer de ovário ainda é desconhecida. O que se sabe é que alguns fatores de risco tornam a mulher mais propensa a desenvolver câncer epitelial de ovário. Mas, ainda não se conhecem os fatores de risco para câncer de células germinativas e tumores estromais dos ovários.
Existem muitas teorias sobre as causas do câncer de ovário. Algumas dependem da forma como se avalia um fator de risco. Por exemplo, gravidez e uso de pílulas anticoncepcionais diminuem o risco de câncer de ovário. Uma vez que ambos reduzem o número de vezes em que o ovário libera um óvulo, alguns pesquisadores acreditam que possa existir uma relação entre a ovulação e o risco do câncer de ovário.
Além disso, sabe-se que a laqueadura e a histerectomia diminuem o risco de câncer de ovário. Uma teoria para explicar isso é que algumas substâncias causadoras de câncer podem entrar no corpo pela vagina, passar pelas trompas de Falópio e útero, alcançando os ovários. Isso explicaria como a remoção do útero ou o bloqueio das trompas de falópio afeta o risco de câncer de ovário. Outra teoria é que os hormônios masculinos podem causar câncer de ovário.
Entretanto, existem alguns progressos na compreensão de como certas mutações no DNA podem fazer com que células normais se tornem cancerígenas. O DNA é um composto orgânico cujas moléculas contêm as instruções genéticas de todas as células. Nós normalmente nos parecemos com nossos pais, porque eles são a fonte do nosso DNA. No entanto, o DNA nos afeta muito mais do que isso. Alguns genes têm instruções para controlar o crescimento e a divisão das células. Os genes que promovem a divisão celular são chamados oncogenes. Os genes que retardam a divisão celular ou levam as células a morte no momento certo são denominados genes supressores de tumor. Os cânceres podem ser causados por alterações no DNA que se transformam em oncogenes ou desativam os genes supressores de tumor.
Síndromes Genéticas Herdadas
Alguns
genes herdados podem aumentar o risco de câncer de ovário, entre eles o BRCA1 e
BRCA2 e outros genes relacionados com o câncer colorretal hereditário não
polipoide.
BRCA1 e BRCA2
Mutações
hereditárias nos genes BRCA1 e BRCA2 foram inicialmente detectadas em mulheres
com câncer de mama, e também são responsáveis pela maioria dos casos de
câncer de ovário hereditário. Quando estes genes estão normais, eles agem como
supressores de tumor, ajudando a prevenir o câncer, criando proteínas que
impedem que as células cresçam de forma anormal. Para uma pessoa que herda uma
mutação de um desses genes, a prevenção é menos eficaz, e suas chances de ter
câncer de mama ou de ovário são maiores. As mutações nos genes BRCA1 e BRCA2
são cerca de 10 vezes maiores em pessoas judias Ashkenazi do que na população
em geral.Mulheres com mutação no gene BRCA1 têm um risco estimado entre 35% a 70% de câncer de ovário, isto significa que se 100 mulheres tiverem uma mutação no gene BRCA1, de 35 a 70 dessas mulheres terão câncer de ovário. Para as mulheres com BRCA2 o risco foi estimado entre 10% e 30% aos 70 anos. Essas mutações também aumentam os riscos de carcinoma peritoneal e carcinoma das trompas de Falópio.
Em comparação, o risco de câncer de ovário para as mulheres da população geral é de aproximadamente 1,5%.
·
Doença de Cowden
Esta síndrome é causada por mutações hereditárias no gene PTEN, e causa
problemas de tireoide, câncer de tireoide e câncer de mama, além do que as
mulheres têm um risco aumentado para câncer de ovário.
·
Câncer de Cólon Hereditário Não Polipoide
As mulheres com essa síndrome apresentam um risco elevado de câncer colorretal
e também um maior risco de câncer de endométrio e de ovário. Existem muitos
genes que podem causar essa síndrome, como MLH1, MLH3, MSH2, MSH6, TGFbR2,
PMS1, e PMS2. Uma cópia anormal de qualquer um destes genes reduz a capacidade
do organismo de reparar os danos do DNA. O risco de câncer de ovário em
mulheres com câncer colorretal hereditário não polipoide é cerca de 10%. Esta
síndrome causa até 1% de todos os cânceres epiteliais do ovário.Síndrome Peutz-Jeghers
Esta síndrome é causada por mutações no gene STK11. As pessoas
portadoras da mutação desenvolvem pólipos no estômago e no intestino, enquanto
adolescentes. Elas também têm um risco elevado de câncer de esôfago, estômago,
intestino delgado e colorretal.
As mulheres com esta síndrome têm um risco aumentado de câncer de ovário, incluindo o câncer epitelial de ovário e um tipo de tumor estromal chamado tumor dos cordões sexuais com túbulos anulares.
As mulheres com esta síndrome têm um risco aumentado de câncer de ovário, incluindo o câncer epitelial de ovário e um tipo de tumor estromal chamado tumor dos cordões sexuais com túbulos anulares.
· Polipose Associada ao Mutyh
Pessoas com essa síndrome desenvolvem pólipos no cólon e no intestino delgado e têm um alto risco de câncer colorretal, além de serem mais propensas a desenvolver câncer de ovário ou bexiga. Esta síndrome é causada por mutações no gene MUTYH.
·
Alterações Genéticas Adquiridas
A
maioria das mutações do DNA relacionadas ao câncer de ovário não são herdadas,
mas adquiridas durante a vida da mulher. Para alguns tipos de câncer, as
mutações adquiridas de oncogenes ou genes supressores de tumor podem ser
resultantes da exposição às radiações ou a produtos químicos cancerígenos, mas
não existe nenhuma evidência para o câncer de ovário. Até o momento, não há
comprovação específica de qualquer mutação relacionada a determinado produto
químico presente no meio ambiente ou na alimentação que cause o câncer de
ovário. A causa da maioria das mutações adquiridas permanece desconhecida.A maioria dos cânceres de ovário tem várias mutações genéticas adquiridas. As pesquisas sugerem que os testes para identificar as alterações adquiridas de certos genes no câncer de ovário, como o gene supressor de tumor p53 ou o oncogene Her2, podem ajudar a prever o prognóstico de uma mulher, no entanto, o papel desses testes ainda não é certo, e ainda são necessários mais estudos.
Diagnóstico do Câncer de Ovário
A grande dificuldade desse tipo de câncer sempre
foi o diagnóstico precoce, determinante para a cura ou sobrevida da paciente.
Exames isolados nem sempre são capazes de mostrar a doença em sua fase inicial,
mas tentativas de desenvolver um processo que seja eficaz nessa descoberta
estão em andamento.
Uma coisa é certa: esse câncer não tem relação com o aparecimento de cistos benignos no ovário (ou cistos funcionais) ou com a síndrome dos ovários policísticos. Essa síndrome, de origem hormonal, atinge 15% das mulheres em idade reprodutiva e tem sintomas bem claros: irregularidade menstrual, aumento dos pelos no corpo, da oleosidade na pele e da concentração de gordura corporal.
Histórico Clínico e Exame Físico
Durante a consulta o médico fará perguntas sobre seu histórico clínico e de seus familiares próximos. Ele também perguntará sobre possíveis fatores de risco e sintomas para avaliar se algo possa sugerir um câncer de ovário.
O exame físico fornece informações sobre sua saúde geral, possíveis sinais de câncer de ovário, e outros problemas de saúde. No exame pélvico, o médico procurará sentir algum aumento no ovário e sinais de líquido no abdome (ascite).
Consultando um Especialista
Se o exame ginecológico e outros exames sugerem que você possa ter câncer de ovário, será necessário consultar um médico especialista. Qualquer pessoa com suspeita de câncer de ovário deve consultar um oncologista antes da cirurgia.
Uma coisa é certa: esse câncer não tem relação com o aparecimento de cistos benignos no ovário (ou cistos funcionais) ou com a síndrome dos ovários policísticos. Essa síndrome, de origem hormonal, atinge 15% das mulheres em idade reprodutiva e tem sintomas bem claros: irregularidade menstrual, aumento dos pelos no corpo, da oleosidade na pele e da concentração de gordura corporal.
Histórico Clínico e Exame Físico
Durante a consulta o médico fará perguntas sobre seu histórico clínico e de seus familiares próximos. Ele também perguntará sobre possíveis fatores de risco e sintomas para avaliar se algo possa sugerir um câncer de ovário.
O exame físico fornece informações sobre sua saúde geral, possíveis sinais de câncer de ovário, e outros problemas de saúde. No exame pélvico, o médico procurará sentir algum aumento no ovário e sinais de líquido no abdome (ascite).
Consultando um Especialista
Se o exame ginecológico e outros exames sugerem que você possa ter câncer de ovário, será necessário consultar um médico especialista. Qualquer pessoa com suspeita de câncer de ovário deve consultar um oncologista antes da cirurgia.
Fonte: Onconguia
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