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sexta-feira, 13 de junho de 2014

NOTÍCIAS

  • Estudo nos EUA liga carne vermelha a risco de câncer de mama

Comer muita carne vermelha no início da vida adulta pode aumentar ligeiramente o risco de câncer de mama, de acordo com um estudo realizado nos Estados Unidos.
Pesquisadores de Harvard dizem que substituir a carne vermelha por uma combinação de feijões, ervilhas e lentilhas, aves, nozes e peixe pode reduzir o risco da doença em mulheres mais jovens.
Mas especialistas britânicos pedem cautela, dizendo que outros estudos não mostraram ligação clara entre carne vermelha e câncer de mama.
Pesquisas anteriores demonstraram que a ingestão de grande quantidade de carne vermelha e processada provavelmente aumenta o risco de câncer de intestino.
Os novos dados vêm de um estudo realizado nos Estados Unidos acompanhando a saúde de 89 mil mulheres com idades entre 24 a 43.
A equipe, liderada pela Escola de Saúde Pública de Harvard, analisou a dieta de quase 3 mil mulheres que desenvolveram câncer de mama.
"Ingestão elevada de carne vermelha no início da idade adulta pode ser um fator de risco para o câncer de mama", eles relatam na revista British Medical Journal.
Os próprios cientistas de Harvard, porém, descreveram o risco como "pequeno".

O epidemiologista da Universidade de Oxford Tim Key disse que o estudo americano descobriu "apenas um elo fraco" entre comer carne vermelha e câncer de mama, o que não era forte o suficiente para mudar a evidência apontada em estudos anteriores de que não há ligação definitiva entre a dois.
"As mulheres podem reduzir o risco de câncer de mama mantendo um peso saudável, ingerindo menos álcool e praticando exercícios, e não é uma má ideia trocar um pouco de carne vermelha - que está ligada ao câncer de intestino - por carne branca, feijão ou peixe", acrescentou.
Segundo a diretora da Unidade de Epidemiologia do Câncer da mesma universidade, Valerie Beral, dezenas de estudos já investigaram o risco de câncer de mama associado com a dieta.
"A totalidade da evidência disponível indica que o consumo de carne vermelha tem pouco ou nenhum efeito sobre o risco de câncer de mama, por isso os resultados de um único estudo não podem ser considerados isoladamente", disse ela.
Evidências demonstram que provavelmente há uma relação entre comer muita carne vermelha e processada e o risco de câncer de intestino.
O Ministério da Saúde britânico recomenda que pessoas que comem mais do que 90 gramas (peso cozido) de carne vermelha e processada por dia devem reduzir a porção para 70 gramas.
Fonte: BBC Brasil

  • Testes de remédios contra câncer de pele têm resultados 'animadores'

Exames de pulmão de Warwick Steele mostram o melanoma que atingiu o pulmão (esq.) e como os tumores encolheram depois do tratamento experimental (dir.)

Os dois tratamentos visam garantir que o sistema imunológico humano reconheça e ataque os tumores. Os remédios experimentais, chamados pembrolizumab e nivolumab, bloqueiam os caminhos biológicos que o câncer usa para "se disfarçar" e evitar ser percebido pelo sistema imunológico.
As decobertas foram divulgadas na Conferência da Sociedade Americana de Oncologia Clínica, em Chicago (EUA), que se encerra nesta terça-feira.

Sobrevivência

O melanoma em estágio avançado, um câncer de pele que se espalhou para outros órgãos, é uma doença de tratamento difícil. Até há poucos anos, a taxa de sobrevivência a esta doença era de cerca de seis meses. Em um teste realizado com 411 paciente avaliando o pembrolizumab, 69% dos pacientes sobreviveram por pelo menos um ano.
O remédio, que costumava ser chamado de MK-3475, também está sendo testado contra outros tipos de tumores que usam o mesmo mecanismo de bloqueio dos ataques do sistema imunológico.
David Chao, oncologista consultor da fundação Royal Free NHS de Londres, está realizando os testes em pacientes com o melanoma e com câncer de pulmão.
"O pembrolizumab parece ter o potencial para ser uma mudança de paradigma na terapia contra o câncer", disse.
Um dos pacientes de Chao, Warwick Steele, de 64 anos, recebeu infusões do pembrolizumab a cada três semanas desde outubro de 2013.
Antes de o tratamento começar, ele mal conseguia andar, porque o melanoma havia se espalhado e atingido um dos seus pulmões. Steele começou a ter dificuldades para respirar.
"Eu me cansava simplesmente por ficar em pé e, literalmente, estava exausto demais até para fazer a barba. Mas agora eu me sinto de volta ao normal e posso fazer jardinagem e compras", afirmou.
Exames em seu pulmões (como mostram as imagens acima) revelam que, depois de apenas três doses, o remédio parece ter removido completamente o câncer do órgão.

Terapia combinada

O outro medicamento, o nivolumab, foi testado em combinação com um outro remédio já existente e licenciado, o ipilimumab.
Em teste realizado com 53 pacientes, a taxa de sobrevivência foi de 85% depois de um ano e 79% depois de dois anos.
John Wagstaff, professor de oncologia médica na Faculdade de Medicina de Swansea, na Grã-Bretanha, participa dos testes realizados com os dois medicamentos.
"Estou convencido de que este é um avanço no tratamento do melanoma. O teste ainda está 'cego', então ainda não sabemos quais tratamentos os pacientes estão recebendo, mas observei algumas respostas espetaculares", afirmou.
Para Peter Johnson, chefe clínico da Cancer Research UK, ONG britânica especializada em pesquisa sobre o câncer, é "animador ver a variedade de novos tratamentos que estão surgindo para pessoas com melanoma em estágio avançado".
Mas os médicos pedem cautela. Os resultados divulgados ainda estão na chamada Fase 1, o que significa que são testes em estágio inicial.
Os testes mais abrangentes, da Fase 3, ainda estão sendo realizados e envolvem diversos hospitais britânicos. Apenas quando os resultados desses testes estiverem prontos, dentro de cerca de um ano, os médicos poderão ter certeza dos benefícios dos novos tratamentos.
Como acontece com todos os medicamentos, os tratamentos experimentais têm efeitos colaterais. Warwick Steele, por exemplo, relatou que teve suores noturnos e até chegou a sentir uns "apagões" rápidos durante o tratamento.
Mas, para Steele, valeu a pena e agora os médicos estão tratando apenas desses sintomas.
Fonte: BBC Brasil

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