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quarta-feira, 25 de fevereiro de 2015

Câncer de mama e a importância da autoestima

Enfrentar o diagnóstico de câncer de mama não é uma tarefa fácil para nenhuma mulher!


Lidar com a retirada da mama e sessões de quimioterapia podem prejudicar a autoestima, fazendo com que ela tenha depressão e outros problemas psicológicos nocivos a essa fase do tratamento. “Nunca é demais pontuar o quão importante é a autoestima às pessoas em tratamento: Elas tendem a manterem-se mais confiantes, a mostrarem seus rostos, a estarem em convívio social... Entregando-se menos à doença e levando a vida na maior normalidade possível, o que é muito positivo para o tratamento”, explica a psico-oncologista e presidente do Instituto Oncoguia, Luciana Holtz. Para ter melhor qualidade de vida e enfrentar a doença com mais facilidade, confira algumas dicas da especialista:

Beleza

Na estética, é necessário que as mulheres se descubram, busquem a forma que se sentem bonitas e confortáveis. Com a perda dos cabelos, essa pode ser uma tarefa difícil, mas algumas dicas podem ajudar a renovar a beleza feminina. “Experimentar usar perucas diversas, abusar dos lenços coloridos... Algumas pacientes do Instituto saem com sua cabeças a vista, e gostam!” explica Luciana. Para esconder os efeitos das sessões de quimioterapia na pele, a maquiagem é uma ótima aliada. “É importante salientar que ao uso de maquiagens e o ato de fazer a unha devem ser cuidadosos. Por exemplo, ao usar uma base de rosto, é importante que optem por uma líquida, pois aquelas em pó podem ressecar ainda mais a pele (o mesmo vale para o batom, que é melhor que seja mais ‘molhadinho’, ou o blush e o corretivo); ao fazerem as unhas, que apenas ‘empurrem’ as cutículas com cuidado, em vez de retirá-las, evitando cortes e infecções”, indica a especialista.

Mexa-se!

A pratica de atividades físicas é fundamental para os pacientes, ela é capaz de liberar hormônios que causam a senação de bem-estar e aumentar a disposição. É necessário conversar com o médico que acompanha o tratamento para saber qual tipo de atividade física e com que frequência ela deve ser praticada. “A melhor atividade física é aquela que a paciente se sente apta a fazer e que esteja de acordo com as orientações do oncologista. A pratica de esportes reduz o cansaço, a estafa física, além de deixar os pacientes mais dispostos e sentindo-se bem emocionalmente, além de permitir ao paciente um sono tranquilo. A paciente deve dialogar com seu médico a respeito do momento mais adequado para iniciar a atividade física e colocar o corpo para mexer! Seja caminhando, dançando frente a TV, participando de aulas de yoga etc”, ressalta.

Sem estresse

Os vários processos da quimioterapia e seus efeitos colaterais podem causar estresse na paciente, podendo prejudicar os resultados e sua qualidade de vida. Para lidar com o estresse, Luciana indica não focar apenas na doença, não abandonando a vida social e, se possível e indicado pelo médico continuar com a rotina profissional. “O paciente deve se ‘auto respeitar’, não exigir de si mesmo estar sempre leve, tranquilo e feliz. Outra dica importante, é que o paciente preste atenção em si mesmo e perceba quando esse estresse natural está demasiado.... Quando uma angústia está se tornando uma depressão. E para isso, há alguns sinais a destacar: mudanças no hábito alimentar, sensação de sono constante, vontade de ficar longe de outras pessoas são alguns”.

Vida a dois

O câncer de mama pode abalar o relacionamento entre o casal em questões físicas e psicológicas, eles podem ter o receio de machucar a mulher durante a relação sexual. “Os medicamentos afetam a libido das pacientes, pois podem influenciar na lubrificação vaginal, impedindo que sinta prazer e até ocasionando dor (isso sem contar outras questões, como dores no corpo pós-cirurgia ou decorrentes de uma metástase óssea, por exemplo)”, explica a especialista. A conversa sobre a vida sexual com o parceiro é fundamental para transpor essas barreiras, “ela pode buscar formas diferentes de sentir prazer, que não necessariamente digam respeito à penetração. E para isso, o primeiro passo é o diálogo sincero, verdadeiro, com o seu parceiro, para que ele enfrente a situação junto com ela. Quando há omissão, o parceiro tende a sentir-se excluído e isso pode até incorrer em término do relacionamento”, afirma.

Apoio familiar

O apoio de familiares é imprescindível para combater os males da doença, a paciente sabendo que pode contar com amigos e parentes nas fases de tratamento e recuperação, facilita na melhora e nos resultados. “Os familiares são pessoas fundamentais na vida de pacientes oncológicos, pois é no núcleo familiar onde geralmente se encontra o amor mais sincero, a atenção mais incondicional e, também, a ajuda nas necessidades mais práticas, como o acompanhamento em consultas, por exemplo”, explica a especialista.

Fonte: revistavivasaude.uol

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